E aí, você do outro lado do cristal, baumtambém?
Hoje estamos aqui pra contar pra vocês como foi nossa trajetória até o momento de fechar contrato para nosso intercâmbio...
A decisão de fazer intercâmbio
Para evoluirmos em nossas carreiras, o inglês é fundamental, sem falar no sonho de falar fluentemente uma língua estrangeira que sempre nos vinha à cabeça.
Nossa ideia era pagar um curso de inglês pra Brenda e eu (Alexandre) tentar evoluir por conta própria, dada a facilidade que tenho em aprender idiomas. Mas orçando cursos de inglês e analisando carga horária, o desânimo batia. Quando víamos necessidade de estudar 3, 4 anos para chegar a um nível satisfatório, o sonho ia pra gaveta.
Certo dia, pintou uma chance de entrar um bom dinheiro e voltamos a tirar a poeira dessas ideias e, de repente, a Brenda falou meio que sem querer "Com o valor desses cursos de inglês aqui dava pra estudar um ano fora e ter um resultado muito melhor", aí acendeu aquela lampadazinha na cabeça e veio a pergunta, "Por que não ver essa possibilidade?". Então foi quando fomos procurar...
...a agência de intercâmbio.
Não sabíamos que haviam tantas agências nesse ramo em Goiânia, então escolhi 3 e tiramos um sábado para fazer uma pesquisa de campo sobre essa assunto que até então sabíamos muito pouco.
Chegamos na primeira, um clima meio intimidador, a "adviser" solicitou que aguardássemos numa sala enquanto aguardávamos o término de outro atendimento. Os valores que ouvíamos de longe já nos assustava, mas ficamos firmes. Então fomos chamados. Explicamos que precisávamos de melhorar nosso nível de inglês e gostaríamos de ver nossas possibilidades para realizar o intercâmbio. Eu solicitei orçamentos para Austrália (pois parecia mais fácil) e Canadá (um grande sonho meu, quase tão grande quanto EUA) e a adviser nos sugeriu Nova Zelândia (que ao ver as condições nos atraiu bastante). Mas ao chegar os orçamentos... o sonho estava a caminho da gaveta novamente.
Mesmo assim, decidimos ir à segunda agência, a World Study, que fica numa galeria. Lá, tinha outra agência de intercâmbio que decidimos passar primeiro. Ao chegar lá, fomos atendidos por uma senhora, não havia mais ninguém na agência e ela não "manjava" muito desse negócio de intercâmbio, o dono era quem coordenava isso. Ela ligou para ele que em 40 minutos chegou para nos atender. O mais curioso, ele é irlandês, estava assistindo a final do Six Nations, a copa do mundo para o Rugby e que para a Irlanda (que foi campeã, inclusive), ele estava conosco mas pensando no jogo, heheheh, mas nos atendeu super bem.
Ao iniciar a conversa, falamos sobre o Canadá e a recém escolhida Nova Zelândia, mas ele nos perguntou "Por que não Irlanda?"
Na hora me vieram lembranças de infância que sempre me fizeram gostar da Irlanda, mas uma coisa nos assustava, a moeda, o Euro. A diferença entre o Euro e a moeda neozelandesa era gigantesca, mas o senhor insistiu em nos falar sobre a Irlanda. Por fim, ele esboçou um rascunho dos valores que gastaríamos para fazer um intercâmbio na ilha esmeralda e ficamos surpreendidos, enfim enxergamos a possibilidade de fazer nosso intercâmbio.
Saímos satisfeitos e aguardando os orçamentos oficiais via e-mail que ele iria passar na segunda, ( o coitado foi correndo pra casa para terminar de ver o jogo). Mas ainda sim, decidimos passar na World Study.
Ao entrar, já sentimos de cara que aquele era "O lugar"! O clima convidava, ambiente jovem, alegre e um atendimento extremamente personalizado fez a Brenda esquecesse todas as agências anteriores e, feeling de mulher não se pode desprezar, e expomos nossas opções para a adviser. Nos esclareceu muita coisa, os preços eram bons e a World Study foi nossa primeira decisão definitiva, agora faltava analisar os orçamentos e definir Auckland ou Dublin.
Auckland ou Dublin... mas e Cork?
Nós não gostamos de seguir muito o que todo mundo faz, tanto que ao analisar sobre o Canadá, nossas opções eram entre Edmonton ou Calgary, pois eu queria sair de Toronto ou Vancouver, queria mais paz pra estudar e trabalhar. Trabalhar, inclusive, foi a con dição que limitou nossas pesquisas entre Irlanda e Nova Zelândia, pois com visto de estudante nestes países temos autorização (limitada) de trabalho para bancar nossas despesas e uns passeios de vez em quando.
A Irlanda venceu a queda de braço principalmente por dois motivos, seis meses de curso mas com o visto de um ano (que hoje são 8 meses) e o fato de estar na Europa e podermos desbravar esse sonho de continente com a facilidade que temos de ir de Goiânia à Caldas Novas.
Mas tínhamos um pé atras em relação a Dublin, o excesso de brasileiro nos preocupava de início e eu queria fugir de uma cidade mais cosmopolita (pois já vivo em uma) e ter condições de fazer tudo a pé e interagir mais com a cultura local, então decidi pesquisar o interior da Irlanda.
Em relação a tamanho, Cork vem logo atrás de Dublin, seguida de Galway e Limerick, mas ao ver melhor sobre Cork, "ceguei" para as outras, achei logo que aquela era minha cidade e comecei a filtrar meus orçamentos para lá.
Ao estudar melhor a cidade, comecei encontrar mais dificuldades de informações, principalmente sobre escola e acomodação, mas mesmo assim eu senti que estava fazendo a escolha certa. Nisso me veio a ideia que nos fez encontrar você que está lendo aqui, o Cork for Two, que reuniu a necessidade de saber mais sobre Cork e de intercâmbio para casal, onde vamos tentar colaborar para enriquecer a internet com essas informações.
Cork é uma cidade linda, cortada pelo River Lee, exala cultura em todas as esquinas. É marcada por um sotaque muito carregado que assusta as pessoas, mas dizem não ser um problema tão grande assim. Tem um litoral muito próximo e a possibilidade de embarcar em cruzeiros, além de ter um aeroporto com diversas opções para a Europa. Os
corkonians são extremamente bairristas e consideram que a cidade deveria ser a capital do país, alimentando até uma rivalidade com Dublin (acho que percebi isso ao pedir pro senhor da segunda agência orçamentos para Cork, nunca mais ele me respondeu).
Assim que chegar em Cork farei um post bem completo sobre a cidade e você também terá a chance de se apaixonar como eu me apaixonei.
Ah, fizemos um vídeo mostrando também o por que escolhemos Cork, espia lá!
https://www.youtube.com/watch?v=2qN-H2Qmto0
A Griffith College
Após definirmos a World Study como agência e Cork como destino, nos restou escolher a Griffith College pois era a única escola que a agência trabalhava, mas dentre as pesquisas que tínhamos feito até o momento, ela era a que mais nos atraiu, portanto, ficamos satisfeitos com a escolha. A escola nos passa segurança, o que é fundamental para quem estará muito longe de casa.
Depois de todas as escolhas, começamos a conhecer pessoas que estudam na Griffith e algumas reclamaram do fato de haver muitos brasileiros, mas vou me segurar naquele dito de que "Quem faz a escola é o aluno" e eu já estou acostumado a estudar por conta própria para tentar suprir qualquer deficiência que a escola possa ter. Vale lembrar que essas escolas de inglês não tem muitas diferenças em relação as que encontramos no Brasil, a diferença é a imersão, você vai aprender inglês vivendo o inglês, portanto, não fique em casa, vá pra rua.
Bonus... Agência ou por conta própria?
Se você já tem um inglês razoável e consegue trocar e-mails com facilidade, vai conseguir cotações diretamente de escolas na Irlanda, eu cheguei a conversar com a CEW diretamente, foram muito atenciosos, falei também com a acomodação EazyCork, também excelente, mas optei por fechar em agência por segurança, principalmente por ter uma agência física em Goiânia onde posso bater na porta a qualquer hora e pelo receio de fazer transações financeiras internacionais. Os valores foram exatamente os mesmos das agências.
Bom, o post foi longo, mas é isso. Espero que tenham curtido... usem e abusem dos comentários.
Até a próxima.
